quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A última carta.

Escrevi essa carta no ano passado - 2009 - pra uma pessoa muito especial. Vou dividir um pouco dessa intimidade...

Hoje, ao pensar em tudo o que eu vivi até agora, em tudo o que eu perdi ou ganhei... Em todas as pessoas que eu conheço, ou já se foram de alguma forma...

Hoje, pensando que nesses meus 21 anos, que eu aprontei tanto e não morri, ousei, fiquei por um triz... Estou viva! E tanta gente por ai morrendo porque tropeçou na pedra e bateu a cabeça ou foi mascar chiclete e engasgou!

Imanginando que depois de tudo o que fiz ou não fiz, fosse hoje o meu último dia de vida! O que eu faria?!

É complicado pensar nisso! Muita coisa se passa na cabeça:

Já que vou morrer amanhã, vou assaltar um banco e ficar rica... E aproveitar a grana em menos de 24 horas?

Ou:

Já que eu não tenho nada a perder vou beijar todo mundo, que se foda o.O ?!

Olha... Vou te falar que foram milhares os pensamentos dos mais sensíveis aos mais absurdos! E é fato, que mais da metade desses meus 'falsos planos' não dariam certo, pois até na hora de morrer precisa ter coragem! Afinal e se eu não morrer?

Eu penso que numa situação dessas você terá que decidir entre duas opções:

-> Aproveitar tudo aquilo que tem...

-> Ou sentir o gosto do que nunca experimentou!

Como eu tenho tempo pra pensar no que eu faria, eu vou ficar com a primeira opção!

Eu aproveitaria os meus últimos momentos com as pessoas que eu amo e a você reservaria algumas palavras...

Primeiramente diria 'eu te amo' e em seguida diria 'obrigada'!

"Obrigada por me conceder, pela primeira e última vez esse desafio gostoso de viver chamado: namoro, no sentido moral da palavra, um namoro bem desenvolvido, se é que me entende...

Obrigada por se dedicar ao nosso difícil compromisso escondido, aceitando o seu lado e sempre compreendendo o meu!

Obrigada pelas 'aulas' de filosofia ou psicologia que na verdade eram mais uma aula de 'auto-conhecimento' e só hoje vejo o quanto isso é importante! Porque hoje não quero saber pra onde vou e sim de onde eu vim...

Obrigada por ter sentido e/ou divido comigo certas experiências! Boas e ruins!

Obrigada por me trazer respostas mesmo pras coisas que não me interessavam saber, mas que depois usei como argumento numa conversa...

Obrigada por me pedir mensagens de texto no celular todos os dias, me fazendo sentir a pessoa mais importante do mundo pra que você possa durmir bem...

Obrigada me fazer pensar em te dar um presente super embalado e pesado, com 2 tijolos... Só pra você rir!

Obrigada por deixar fazer minhas palhaçadas e ser quem eu sou, sem me criticar querendo que eu mude!

Obrigada por me mostrar que eu posso parecer ser boba, mas alguns momentos pedem 'pulso firme' e 'realismo' pra não ser tola!

Ao final desse discurso diria:

Por fim, obrigada por tudo isso...

Você dividiu comigo tantos momentos, acumulamos tantas lembranças engraçadas, prazerosas...

Hoje somos apenas 'dois'! Mas eu vou e não vou voltar e você vai ficar, sem poder ir comigo! Toda a liberdade de escolha que tivemos, hoje nos prende...

Vou e vou deixar apenas o meu amor! Quando você sentir saudades eu vou voltar, pelo menos em pensamento e você vai lembrar de tudo o que eu falar...

Que o tempo pare agora, pra que esse momento seja marcado pra sempre. E que seja por nossa história ou por tudo o que eu escrevi e ficou como prova: Pode existir por ai pessoas como você e eu espero que exista mesmo. Você se fez especial, por tudo o que fez e não por tudo que acho! Por isso fez crescer em mim admiração! E por ser assim, tão linda e delicada comigo fez nascer um amor que nunca senti por ninguém!

Vou morrer lesongeada por ter vivido uma história com alguém como você. E você vai seguir em frente e contar a todos que viveu uma história com alguém que te amou até morrer..."

Os três útimos desejos de Alexandre O Grande...

Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1 - Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2 - Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);

3 - Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos;

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. E Alexandre explicou:

1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a morte;

2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Podemos não acreditar no amor pra vida toda, mas podemos crer em uma vida toda pra um grande amor! Se o amor for grande mesmo, a espera nunca será eterna, mais dia menos dia, tudo se encaixa e o que hoje vemos como impecílio, não será mais um problema e a única coisa que poderá nos separar, com certeza vai ser o edredon da nossa cama!

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